domingo, 16 de dezembro de 2018

Uma das maiores perdas da minha vida

Quando ouvia dizer "ah não somos nada, estamos cá de passagem”. Eu achava sempre um exagero. Pois bem, nunca tal expressão fez um tanto sentido para mim. Hoje 20 de outubro de 2018 (só esta a ser publicado a 1 de Novembro) vivo aquele a que chamo um pesadelo.
Tinha tudo para ser um sábado normal, como de costume estava atrasada para o MBA, sai a correr de casa e liguei à minha mãe como sempre, a avisar que tinha acabado de sair de casa. Aí começou o atípico, informou-me que a minha avó se tinha sentido mal e que tinha ido para o hospital, óbvio que a minha vontade era agarrar e virar para trás mas segui sabia que estava acompanhada e iria ter com ela dai a um hora, no intervalo das aulas. 
Pelo caminho passei por uma VMER, que circulava em sentido contrário ao meu, como faço sempre pensei “ que Deus ajude quem necessita” ( sim para algumas  pessoa pode ser ridículo mas é algo tão involuntário ). Mal eu sabia...
Cheguei à aula e senti uma má disposição algo estranho sem explicação, entretanto continuava em contacto com a minha mãe, que respondia vagamente... 
Assim que tivemos o intervalo liguei para a minha mãe que me informou que a minha avó tinha sofrido um AVC, aí congelei, informei o professor que foi excepcional , deu-me força e pediu que fosse com cuidado.
Voltei a ligar a minha mãe para saber em que hospital a minha avó estava, ao que respondeu “ em casa” estranhei claro mas pensei no calor do momento que estaria a ser estabilizada e que seguiria para o hospital... a única coisa que estanhei foi me ter dito “força” mas relevei e segui a voar para contar de chegar a tempo de a acompanhar ao hospital.
Não me perguntem como cheguei a casa da minha avó, apenas sei que excedi limites de velocidade e que o meu corpo tremia e um nó me apertava a garganta.
Assim que cheguei vi o meu pai e o meu tio na rua.. entrei no quarto da minha avó e perguntei por ela. Demorei a ter resposta “ a avó já não está connosco” o meu mundo desmoronou ... não tinha chegado a tempo  e adivinhem a VMER que tinha passado por mim era para a minha avó..
Infelizmente não resistiu.. 2 ataques seguidos não chegou ao hospital sequer … 
Afinal aquela expressão não é tão descabida, a verdade é que nós não somos mesmo nada. 
A nossa família está mais unida que nunca, e é assim que a minha "menina" a queria ver.
Para sempre nos nossos corações, um exemplo de mãe e mulher!

(Tenho este post guardado desde o dia 1 de Novembro... Decidi não o postar na altura por ainda doer muito...A verdade é que ainda dói e vai doer sempre, tenho um post aqui dedicado a minha avó que diz tudo sobre a nossa relação- (Tixaridades: A ti meu amor... obrigada...))

A 2 dias dos 27...

Estou a menos de 48 horas de completar 27 anos, normalmente faço sempre uma introspecção nos dias que antecedem o meu aniversário e este ano não podia ser diferente.
Nestas horas dou por mim a analisar a minha vida, o meu percurso, o que correu bem, o que não correu tão bem, as falham que existiram e, principalmente o que preciso de melhorar para aproveitar a minha vida.
Hoje, ainda com 26 anos, as palavras que me vêm à cabeça são: gratidão e saudade.
Gratidão por:
A família que eu tanto amo e que está SEMPRE presente;
As amizades que permanecem desde a pré-primária e se mantêm (mesmo longe!);
As oportunidades que têm surgido ao longo de toda a minha vida que, me têm proporcionado muito conforto e felicidade.
Saudade do meu avó.. claro que me lembro dele todos os dias, mas nos dias que antecedem o meu aniversário essa saudade intensificasse de uma forma avassaladora.


(Este post estava nos rascunhos desde o dia 19 de Junho, hoje com mais tempo consegui  vir aqui ao blog espreitar o que por aqui deixei guardado ao longo do ano e que não publiquei. Era suposto ter publicado nos dias seguintes mas fui sempre adiando, até que percebi que em 2018 não partilhei nada aqui... UPS!)